
Acabou ontem mais uma edição do Campeonato Nacional... E na súmula, se retirarmos a excepção da última época, a verdade é que tivemos mais do mesmo neste século. Um Porto verdadeiramente demolidor e com um ataque de outro mundo que proporcionou a todo país uma lição de como se joga verdadeiro futebol. Não apenas em Portugal mas em todo o mundo. Uma época em que tantos apontavam para uma mudança em que o Benfica garantiria a sua hegemonia e em que outros definiam o campeonato como um dado adquirido.
Como diria alguém que conheço, no inicio os outros ganham campeonatos e nos tentamos ganhá-los, mas no fim, nós ganhámos e os outros acabaram a tentá-lo.
Pelo visto na época anterior ( salvo as ultimas jornadas) ninguém acreditava que o Porto tivesse recursos para derrotar o Benfica. Um treinador supostamente inexperiente e um plantel construído de raiz davam poucas asas à imaginação.
Tudo aqueceu quando se soube da vinda de João Moutinho para o Dragão... Pinto da Costa soube exactamente o momento certo e o que fazer para mostrar que o clube estava a trabalhar arduamente para garantir novamente o titulo e que estava dedicado a cem por cento com muitas ambições.
Na Supertaça provou-se a verdadeira qualidade. O Porto dominou todo o jogo e acabou garantindo o primeiro titulo da carreira de Villas Boas. Um 2-0 muito ameno para o extremo domínio da equipa do norte que deu um verdadeiro espectáculo. Adivinhou-se então quantas mais lições tácticas teria o "puto" para dar a Jesus.
O Porto caminhou então vitória atrás de vitoria sem nunca tremer ou se querer abalar pelo primeiro empate ou desaire que apareceu. Vitorias incondicionais perante um domínio absoluto e um futebol de toque fantástico com muitos e grandes golos. Relembre-se então do 5-0 dado ao Benfica em Dezembro. Uma goleada à antiga ( ou à moderna se virmos que foi apenas uma das 4 da época azul e branca) que pôs um ponto final no assunto. O Porto era tremendamente melhor e mais não havia a dizer.

Uma caminhada humilde sem nunca cantar vitória antes dela aparecer e na Luz, onde ocorreu o apagão, deu-se a confirmação de tal vantagem em termos de qualidade. Uma conquista do titulo na casa do rival mais odiado pela nação portista. Era a cereja em cima do bolo e o 25º titulo nacional. A prova de que a aposta num, e posso afirmar isto, dos MELHORES TREINADOR DO MUNDO não fora em vão mas sim um grande trunfo e a chave do sucesso. A prova de que Hulk fazia realmente falta e a prova que Falcão é claramente o melhor ponta-de-lança a nivel mundial.
Na mesma semana quando todos davam a passagem do SLB à final da Taça como um dado adquirido o Porto voltou a dar a volta à desvantagem na Luz e carimbou a quarta vitoria sobre o rival e a possibilidade de vencer mais um titulo.
Na Liga Europa também o Porto fez juz a esta imagem de compromisso com a vitória e os adeptos. Goleada atrás de goleada ( relembrando o jogo frente ao Villareal ) , o Porto fez uma campanha brilhante e mereceu claramente ser considerada a 3º MELHOR EQUIPA DO MUNDO pelo IFFHS. Disputa na quarta-feira a final e pode conseguir a segunda vitória da prova em 2 participações. Único não é?
Recordes e recordes, este Porto de Villas Boas ultrapassou os limites e é considerado já como o melhor Porto de sempre a todos os níveis e em todas as competições. Porto que para o ano já sabe que pode contar com Hulk e Villas Boas na mesma e que segundo o presidente não necessita de vender esta época. E é verdade... Cabeças de serie da Champions no proximo ano não podem vender. Trata-se de uma questão de lógica. Uma equipa ganhadora que promete ainda mais.

2 finais, 2 jogos, 2 titulos...
FORÇA PORTO!!!
Fernando Teixeira
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