Contratações Temporada 2011/2012

Vitor Pereira ( TREINADOR )
Rui Quinta e Filipe Almeida (ADJUNTOS)
Semedo (TÉCNICO)
Iturbe
Djalma
Bracali
Kléber
Alex Sandro
Danilo
Mangala
Defour
Marc Janko
Lucho Gonzalez
André Silva (júnior)
Thibaut Vion (júnior)

65 milhões gastos

Lista de saidas

Villas Boas (TREINADOR)
Pedro Emanuel (ADJUNTO)
Falcão
Rúben Micael
Mariano G.
Engin Bekdemir
Bacar
Rabiola
Orlando Sá
Abdoulaye (emprestado)
Ivo Pinto (emprestado)
Atsu (emprestado)
David (emprestado)
Kelvin (emprestado)
Sérgio Oliveira (emprestado)
Castro (emprestado)
Sereno (emprestado)
Kieszek (emprestado)
Ukra (emprestado)
David Addy (emprestado)
Beto (emprestado)
Belluschi (emprestado)
Guarin (emprestado)

68,5 milhões recebidos

13 de agosto de 2011

Entrar a ganhar como de costume


O futebol tem coincidências engraçadas. O FC Porto começa a época como no ano passado, no mesmo sítio, com um golo marcado pelo mesmo jogador e no mesmo minuto.

Luzes, câmara, acção. Vai, João, dás de calcanhar, eu cruzo de letra e alguém aparece para acabar, é perfeito, fazemos isto à Picasso, com arte. Papel, caneta, desenho, risco perfeito, traçado elegante: calcanhar de Moutinho, letra de Hulk, escrita requintada, ao detalhe, para Rolando concluir. Três minutos para pensar, uns instantes para levar o plano da mente para os pés, uns pós de fantasia e caminho aberto. Cento e oitenta segundos para pôr os dragões nas nuvens, radiantes e deliciados. E a suspirar por mais. Garra, gula, pressão. Jogo simples, veloz e contundente. Um cruzamento de letra, uma cabeçada certeira e bons registos: máquina para trucidar?

O Vitória tremeu. Sofreu um golo cedo, activou pensamentos nefastos, imaginou-se como no Jamor em Maio e duvidou de tudo. O FC Porto impôs-se, dominou, marcou, pressionou. Pegou na bola, trocou-a e encaminhou tudo a seu favor. E, já se sabe, pelo menos está escrito, a única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada. O Vitória não fez uma coisa nem outra. Mostrou-se nervoso, intermitente e errante. Não fechou os caminhos e hesitou entre levantar o escudo ou esticar a espada: laissez faire, laissez allez, laissez passer. Faltou sempre uma referência na área.

A máquina azul foi baixando de intensidade. Diminuiu o andamento, perdeu rotações e acalmou os ímpetos. Deixou de ser tão pressionante, deixou de ter os olhos só colados na baliza de Nilson e deixou a envolvência dos primeiros vinte e cinco minutos. O Vitória assustou Helton, ganhou um canto, colocou alguém na área, pelo menos em bola parada, e foi feliz com isso. Chegou ao empate sem ter feito por merecer, sim, mas conseguiu-o. E embalou para o seu melhor período. O FC Porto rolou, enrolou, perdeu cor e sofreu o empate. Mas lançou-se outra vez para o ataque e demorou pouco até repor a vantagem. Rolando, outra vez.

O golo do FC Porto bateu forte no Vitória. A esperança esfumou-se. Um guerreiro nunca desiste, nunca deixa de lutar, guarda sempre o castelo e quer fazer pela vida. Só que ao Vitória faltaram forças, faltou ligação e faltou rasgo. O FC Porto deixou água na boca no início, teve génios à solta, um verdadeiro carrossel, de futebol e de paixão, mas depois esfriou. Revelou desconcentrações defensivas, jogou mais em esforço e foi menos dinâmico. Mesmo assim nunca perdeu a superioridade nem o controlo. O golo de Rolando, o segundo, deu-lhe paz de espírito. E sossegou o jogo.

A bandeirinha branca do Vitória, o sinal de rendição, demorou a aparecer. Ou, melhor, apenas apareceu no final, no último apito, quando nada mais havia a fazer. Até lá, com as armas disponíveis e com o espírito possível, tentou assustar Helton. Esteve perto do empate, por Maranhão, numa desconcentração de Rolando, herói-quase-vilão, que Maicon resolveu bem. Não passou de ameaça. O FC Porto foi melhor, voltou a ganhar uma prova que domina, arranca com um troféu e sacia a gula de ganhar. Para já, está a rolar. Ou melhor: vai Rolando.


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